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Bicho-de-pé, você conhece, viu ou já ouviu falar deste “patrimônio” do universo rural?

Atualizado: 29 de mai. de 2023

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Já dizia um velho ditado popular muito comum na roça, “As três mió coisa no mundo: - Dinheiro; - Muié; - Bicho de pé”. Há quem diga que no contexto realmente se trata do “bichinho” mesmo. Muitos afirmam gostar da coceira causada pelo animal. Na verdade, gostam mesmo é do prazer proporcionado ao coçar o local onde o parasita está alojado. “Não há coisa mió que tirar a botina e começar a coçar os dedo dos pé, curtindo a preguicinha do fim do dia”. Mas há também os que dizem que o “bicho-de-pé” do ditado popular é outro “bicho”, e que de nada adiantaria dinheiro e “muié” se o “bicho” não estiver de pé. Não farei do parágrafo acima nossa polêmica do texto, até mesmo porque não é o objetivo deste “post”. Afinal de contas nossa intenção é desmistificar este incógnito parasita que vira e mexe está nas prosas e nos dedos de alguns moradores da zona rural e visitantes. Mas que bichinho é esse? É perigoso? Faz mal à nossa saúde? De onde ele vem e o que ele faz entre nossos dedos dos pés?

O bicho-de-pé na realidade é uma espécie de pulga que se alimenta de sangue. O minúsculo animal é um parasita hematófago que adora viver se alimentando de sangue dos animais da fazenda. A fêmea quando está fecundada parte à procura de um ambiente quentinho e com muita comida para poder amadurecer seus ovos, e é aí que nós entramos na história. Ao andar descalço em locais lamacentos e frequentado por animais como porcos e galinhas, a pulga fêmea penetra em nossa pele. Geralmente se restringe aos nossos pés pois é o local do corpo mais exposto ao ambiente em questão. Inicialmente a presença do parasita nem é percebida, mas em alguns dias a tal coceirinha começa a incomodar, ou não! Há controvérsias. Em algumas semanas uma auréola esbranquiçada começa a se formar no local e no centro um pontinho preto. O que está sendo observado é o abdome do animal repleto de ovos maduros prontos para eclodir. A retirada deve ocorrer o quanto antes, geralmente utilizando-se de um material cortante devidamente esterilizado. A retirada do animal inteiro é fundamental para que o pequeno transtorno não se torne algo mais sério, como infecções secundárias decorrentes da lesão.

A boa notícia é que o ciclo do parasita não dura mais do que três semanas e na grande maioria das vezes o incomodo não passa da tão famosa coceirinha e de uma pequena lesão na região dos pés, que devidamente tratada não trará grandes aborrecimentos. Então fique bem, você sobreviverá se por algum motivo do destino o bichinho cruzar seu caminho. Eu dei abrigo a muitas pulguinhas na minha infância. Me lembro com carinho da minha falecida tia retirando os bichinhos dos meus pés e dos pés dos meus irmãos. Éramos visitantes cativos do sítio dos nossos tios durante as férias escolares. Trago comigo boas lembranças daquela época. Então divirta-se nos sítios da vida, sem preocupações, evitar o contágio pelo parasita é sempre a melhor opção, é óbvio. Mas se o acaso acontecer, relaxe, e leve como mais uma experiência de vida, bem vivida.

Ibrahim Martins Alves

Farmacêtico – professor - Mestre em educação.

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