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Foto do escritorIbrahim M. Alves

Por favor, pise na grama.







A correria do dia a dia, aliada aos compromissos que nosso relógio faz questão de nos cobrar e o tempo consumido pelo celular e a televisão não proporcionam apenas produtividade, agilidade, diversão e informação. O contato quase intrínseco com essas ferramentas e a “perturbação” de se ter o dia apenas com 24 horas exigem também muito de nosso corpo e de nossa mente. A famosa dorzinha de cabeça no fim do dia, aquela insônia ao pé da cama que vem sempre acompanhada da sonolência que enleia nossa concentração nas atividades laborais diárias são os sintomas clássicos de que estamos acelerados e também de algo que imperceptivelmente deixamos de fazer, algo simples, mas que ao ser ignorado acabamos por pagar um preço alto, que é a nossa saúde, e assim, Inconscientemente castigamos nosso corpo.

O simples hábito de andar descalço, poderia reduzir consideravelmente os desconfortáveis sintomas citados em linhas anteriores. Não estamos falando de simpatia, de pseudociência ou crendice popular. É algo sério e necessário que deixamos de fazer ao longo do tempo. Algo que era até desestimulado por nossos pais, quando éramos crianças. Ouso aqui dizer que, em parte, a culpa foi de Monteiro Lobato com o seu famoso personagem, Jeca Tatu. O Jeca acabou colaborando fortuitamente com o sucesso do hábito de ficar sempre calçado aqui no Brasil. Mas brincadeiras à parte, como escrevi a pouco, o papo aqui é sério!

Sem extremismos! Não há a necessidade de andar descalço em pedras, na lama, ou na terra “vermelha” da nossa Capital, Goiânia. A nossa terrinha é rica em minerais, um deles é o óxido de ferro, dá um baita trabalhão para sair da pele. Quem já se sujou sabe o que estou dizendo. Basta apenas descansar os seus parceiros que incondicionalmente suportam o seu peso diariamente no piso de sua casa algumas horas por dia que já é o suficiente. Os japoneses cultivam o hábito de ficar com os pés descalços dentro de casa a centenas de anos. Há até uma área reservada para se colocar os calçados antes de entrar, o “genkan”. Além da questão da higiene, há um outro motivo pelo qual os orientais cultivam esse hábito. Na cultura japonesa, os calçados trazem consigo além da sujeira física a “sujeira” energética, que pode desarmonizar o lar. Realmente, mais uma vez nossos amigos do oriente estão cobertos de razão e a física explica isso. A estática! Isso mesmo. Nos dias quentes e secos, sob o sol forte, ou invernos rigorosos continuamos seguindo nossa rotina, e para variar, sempre calçados. O fato é que vamos ficando eletricamente carregados, os solados de madeira ou borracha acabam isolando nosso corpo do ambiente, começamos por ficar mais irritados que o normal, perdemos a paciência facilmente, a dor de cabeça principia a incomodar e o mal estar começa a bater nossa porta. A boa notícia é que isso tem remédio, é de graça e qualquer um pode fazer. Basta retirar seus sapatos e colocar seus pés no chão. Pronto! Toda aquela carga elétrica que estava te incomodando se esvai. Isso, é o que os eletricistas chamam de “fazer um terra”. Então, pise na grama sim, mas descalço. Ande descalço sem medo, liberte-se do calçado, mesmo que seja apenas por algumas horas durante o dia. Ah!!! Andar de chinelo não vale viu! Você continua calçado do mesmo jeito.

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1 Comment


Muito interessante. Não imaginava a influencia deste hábito em nossas vidas.😊

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